O conflito entre os pais pode afetar os filhos e acarretar consequências:
• Relações interpessoais: dificuldade em estabelecer relações de confiança e de maior intimidade com outras pessoas; tendência de apresentar comportamentos denominados antissociais (brigar, mentir, praticar bullying, gritar etc.).
• Baixa tolerância à raiva e hostilidade: dificuldades em lidar com situações que despertem emoções fortes como a raiva em aceitar o “não”.
• Problemas no sono e na alimentação: dificuldades para dormir, pesadelos frequentes, sono inquieto, falta de apetite.
• Maior conflituosidade com figuras de autoridade: dificuldades em seguir ordens e orientações de figuras de autoridade (professores, superiores hierárquicos etc.).
• Maior vulnerabilidade e dependência psicológica: redução da autoestima e da autoconfiança.
• Sentimento de culpa: a criança/o adolescente é constantemente forçado pelos pais, direta ou indiretamente, a escolher um lado e a tomar partido, desenvolvendo o conflito de lealdade e crescendo com um sentimento de culpa e de impotência.
• Doenças psicossomáticas: especialmente nas situações de estresse, a criança/o adolescente pode apresentar dores de cabeça, dores de barriga e outras dores.
Pesquisas também demonstram fatos importantes sobre o comportamento dos filhos diante da relação conjugal dos pais (WEBER e STASIAK apud RODE, 2013):
• Quanto melhor a interação familiar, menos estressante é a relação entre pais e filhos.
• Quanto mais as crianças percebem a desarmonia dos pais, menos regras os adultos colocam e mais são consideradas “difíceis” por estes.
• Quanto mais as crianças percebem um clima conjugal negativo, menor o índice de habilidades sociais.
• Quanto mais estressante a vida do casal, mais frequentes as punições físicas em relação às crianças.
• Crianças cujos pais têm relação harmônica têm melhores relacionamentos com os amigos.
Quando há nível de conflito elevado ou abuso entre os pais, especialmente na presença dos filhos, há grande chance de que eles apresentem alguns desajustes, incluindo níveis mais elevados de depressão, ansiedade e problemas de comportamento (agressividade, mentira, rebeldia, delinquência), e níveis mais baixos de autoestima e desempenho escolar e social (HETHERINGTON, 1999).
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Fonte: https://www.cnj.jus.br